sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Escrito em papel de seda ~




  Ela abriu a caixa de correspondências, nem se deu o trabalho de abrir o portão, fixou surpresa quando viu que ali tinha uma carta, que ela tinha certeza que era para ela assim que viu que o envelope era antigo, meio desgastado e se lembrou que um dia falou para ele que gostava desse tipo de papel, e seus olhos se encheram d'água e pensou "Ele ainda pensa em mim" . Ela criou coragem, reuniu todas as suas forças e abriu a carta. No envelope estava escrito só o nome dela, sem endereço ou qualquer informação, e no cantinho estava em uma letra bem pequena "Por favor, leia". E foi o que ela fez. Com o maior cuidado do mundo ela abriu e tirou a carta, um sorriso espontâneo apareceu quando ela viu que era papel seda, aquele que faz um barulhinho gostoso quando desdobrado, e sorriu ainda mais quando percebeu que ele tinha caprichado na letra e que tudo tinha sido escrito com aquelas canetas antigas de pena, que ela havia dado de presente para ele, e então começou a ler  ...

 " Oi meu amor,
 Sei que não tenho mais o direito de te chamar assim, mas é que eu não consigo evitar quando você ainda é o meu amor. Eu errei, eu sei, nunca deveria ter dito aquelas palavras para você, eu estava tão magoado com o que eu não conseguia ter que acabei deixando a única coisa que eu me importava ir embora: Você.
 Sei também que antes de começar a ler você percebeu o envelope antigo, o papel de seda e a caneta com a que eu escrevi isso, você que me deu lembra ? É claro que lembra, isso tem dois anos, você me disse que era para usar ela só para te mandar cartas, e essa é a primeira vez que eu estou usando, e eu percebo o quão idiota eu fui de não tê-la usado antes, de não ter escrito nenhuma vez o quanto eu gosto do seu cheiro, do seu sorriso, do seu cabelo quando você acaba de levantar, do jeito que você mexe os dedos e morde os lábios quando está nervosa, dos seus olhos, do seu abraço, o quanto eu amo você ...
 Se leu até aqui, amor, é porque ainda sente o mesmo por mim, ou pelo menos queria saber o que eu sinto, agora vai até o portão e abre, deixei uma surpresa lá pra você.
                                            Com amor,
                                                                                Seu eterno Amor."

Nesse momento, ela não acreditava no que estava escrito ali, saiu correndo e parou de frente o portão, coração disparado, respiração irregular, e olhando diretamente para frente, ela abriu ...
 Ele estava lá, um uma tulipa vermelha na mão, e a outra estendida para ela, ela nem percebeu quando as lágrimas escorreram pelo seu rosto e ele disse :
 "Eu me lembro que uma vez você me falou o significado dessa flor, e que era a sua favorita, e hoje e agora eu estou aqui, te dando ela, a flor simbolo do 'amor eterno' pra te dizer que eu te amo, que eu não posso e não consigo mais passar um segundo longe dos teus braços.. Eu te amo ! "
Ela não pensou em mais nada, correu e o beijou, como se fosse o último, mas ela sabia que era o primeiro de uma eternidade juntos.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Conto: Apenas uma garota



  
 Capítulo 1 

 "Eu só queria te dizer que ..." e Sam acorda assustada, o despertador não para de apitar, e os raios de sol já estão entrando no seu quarto e fazendo os seus olhos brilharem. E quando ela se sentou, olhando para os pés, que alcançavam o chão, o que a deixava um pouco chateada por ela ser alta demais, e nesses devaneios de pensamentos se lembrou do sonho que teve e o que a deixou com o coração apertado foi no ponto que que ela acordou e ele acabou. Ele existia é claro, um garoto mais velho do que ela, que ela se apaixonou perdidamente desde a primeira vez que ela o viu, mas só o encontrava nos seus sonhos, o que às vezes a deixava um pouco triste, mas hoje não foi o caso. Queria voltar pra cama, dormir e sonhar, continuar aquele sonho lindo, com o garoto lindo e dizendo palavras lindas... Mas não podia, já estava começando a se atrasar para a escola e em pleno 3° ano, não era legal perder aula.
 Durante toda a manhã, conversas e mais conversas aconteceram, sua amiga percebeu que estava com um brilho diferente, com o olhar distante, e deixou que Sam contasse, mais uma vez, sobre o sonho. E assim que tiveram um tempinho, Sam começou a lhe contar detalhe por detalhe, até o ponto em que ela acordou. 
 Sam sabia que, se quisesse que aquele sonho virasse realidade era iria ter que fazer alguma coisa, além de dormir e torcer pra que o sonho voltasse toda noite. Vontade e coragem ela tinha, mas as circunstâncias nunca eram favoráveis à sua realização. Desencontros eram o mais frequente, às vezes o sumiço dele a perturbava, mas o que ela poderia fazer ? Ligar e dizer " Ah, você sumiu, porque que não aparece? Tá viajando ? Porque não me liga ?", ela não podia fazer isso, primeiro que ela não era nada dele, apenas uma amiga meio distante que conversavam às vezes, uma mensagem aqui, outra ligação ali, mas nada a mais do que isso, que não lhe davam motivos nenhum para cobranças ou algo do tipo. Pra falar a verdade ela tinha medo, apesar da coragem enorme que ela carregava, quando o assunto era 'ele' o medo a dominava. "E se ele não quiser nada comigo ? Se quando eu disser tudo o que eu sinto ele só me olhar, falar tchau e nunca mais me dizer uma palavra ? Se ele gostar de outra menina e sentir pena de mim, me achar muito novinha ?" Se, se, se ... Sempre tinha essa palavra em qualquer frase em que ela fazia algum tipo de menção a ele, e quanto a sentir pena dela, é a pior coisa que se pode fazer, ela odeia quando sentem pena, parece que ela não é capaz. 
Já era quase 6 horas da tarde, a hora preferida de Sam, hora do pôr do sol, e depois o crepúsculo, hora em que o céu atingia um tom de azul que até hoje ela não sabe dizer o nome porque pra ela não existe um nome específico, e ela resolveu deixar um pouco do medo de lado e resolveu ligar pra ele, com o coração a mil, a mão suada e o sorriso do tamanho do mundo, ela discou o número. Depois de 5 toques, quando ela estava quase desistindo, ela ouviu :
 - Alô ? 
  
                                                                                                                                      [continua...]

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Judith Braun : Arte na Ponta dos Dedos



  Oi gente, bem, eu sou fã de desenhos e pinturas em preto e branco, tanto é que às vezes arrisco rabiscar algumas coisas no papel, mas hoje estamos aqui pra falar de um tipo de arte, ainda pouco conhecida, de uma artista muito, muito talentosa. 

             A arte com os dedos: Judith Ann Braun


Dona de um talento nato, e de uma criatividade enorme, ela levou adiante o que todo mundo já fez algum dia, pintar com os dedos, e cá entre nós, ela faz isso perfeitamente perfeito ! 


Para criar seus padrões cósmicos e florais, ela mergulha seus dedos em pó de carvão ou giz pastel, usando as duas mãos simultaneamente ou uma de cada vez, pressionando os dedos em papel ou, no que é mais incrível, na parede, criando obras de arte únicas. 

Participou de um reality show chamado " Work of art", mas infelizmente foi eliminada em uma das provas, o que não diz nada sobre o incrível trabalho que essa artista faz. 


E muito além de abstrato geométrico, ela passa ao desenho figurativo, no novo mural intitulado Diamond Dust. A obra levou vários dias para ser completada e foi criada ao vivo por Braun no Chrysler Museum of Art, nos Estados Unidos. Como material criativo, Braun utilizou pó de carvão.




 E aí, gostaram ? Envie sua sugestão de post por comentário ou no nossa página do face aqui . 
                                               Beijinhos, Sanna ;*

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Páginas e mais páginas ~




  
   Um dia uma amiga me disse que a nossa vida é como um livro, cada página é alguém que passou por ela, e cada capítulo o tempo em que essa pessoa esteve presente nela. Disse que algumas pessoas são como as primeiras páginas, só informação, que muitas vezes nem influência na leitura, outras começam uma página com um lindo parágrafo, enorme, cheio de coisas lindas, na, desanda e acaba deixando metade dela, que poderia se tornar um capítulo, em branco... Outras conseguem escrever um capítulo inteiro, lindo, cheio de mistérios, segredos e sentimentos, mas é aquele capítulo que a gente coloca um clipes e pula, é passado e foi bom, agora não mais... Tem aqueles que surgem no meio da história, ou desde o início dela, e acabam sendo os protagonistas do nosso “Livro da Vida” , capítulos e mais capítulos de uma história que não sabemos o fim. Existem aquelas páginas em branco, sabe, com a marca do nome de uma pessoa que foi apagado bem no topo dela, sem nenhum conteúdo, insignificante, perto de uma história tão cheia de conteúdo, palavras e ações. E como ela disse “ A partir do momento em que eu não faço nada por você ou você não faz nada por mim, eu não teria colocado seu nome na minha agenda tantas vezes ( com corações etc&etc ) como eu tenho certeza que o meu não estaria na sua”. A gente escreve a nossa história, mas cabe a nós mesmos fazermos parte da história de alguém.
   Eu continuo escrevendo meu livro, sabe se lá quando será o fim dele. 


  PS: Desculpa não estar postando muito, to meio ocupadinha esses dias e sem muita inspiração, e não dá pra postar qualquer coisa pra vocês né. Ah, a amiga da história é a Monyse ( @monadama) dona do MallEscrito :)